terça-feira, novembro 14, 2006

Persona



Cesar Marchetti(elenco) e Fátima Moura(direção) na Gravação do curta metragem "Persona" (roteiro: Luciana Perecin).

Fotos - Bipolar

Olhando a mãe...




...pensando na culpa...
... um xeque, foi-se a rainha...
... um jogo, um homem, um boneco...

...uma pedra, mais uma guerra, quem são as peças? (Qual será o próximo alvo da Amerikààà?)

Labirinto - Curta Metragem

Cenas no bar Passatempo às 03:00 da manhã - Labirinto/2004


Criançada surreal - Labirinto/2004



Histórias do baú


Decupagem às 02:00 da manhã no mesmo dia da gravação, o improviso no bar (Na foto: Luciana Perecin, Reginaldo e Marius)


quarta-feira, novembro 01, 2006

Anarquismo, Individualismo e Coletivismo

Anarquismo, Individualismo e Coletivismo:

O problema central das teorias anarquistas está muito mais na dificuldade em lidar com a contradição entre individualismo e coletivismo do que numa suposta incapacidade de aplicação de seus princípios à realidade objetiva. A resposta talvez esteja na tecnologia.
O que chamamos de anarquismo, sempre transitou numa certa zona nebulosa entre as idéias individualistas, das quais derivou o moderno capitalismo, e os princípios igualitários e coletivistas, presentes principalmente no cristianismo primitivo, das quais derivaram várias modalidades de socialismo. De fato, sabemos que Pierre-Joseph Proudhon foi bastante influenciado por ambas as idéias. Em uma cronologia de sua vida e obra, somos informados que ele em 1828 se dedica a numerosas leituras. “’Os meus verdadeiros mestres,’ declara em 1848 ao amigo J.-A. Langlois, ‘quero dizer aqueles fizeram nascer em mim idéias fecundas, são em número de três: a Bíblia em primeiro lugar, Adam Smith em seguida e finalmente Hegel’”. (1)

Não devemos nos surpreender que o patriarca supremo do capitalismo e do liberalismo econômico tenha servido de inspiração ao homem que Bakunin designava como “o mestre de todos nós”. Na realidade, para a ortodoxia vigente no seu tempo, Adam Smith era um subversivo. Sua idéia básica de que os homens deviam se guiar pelos seus próprios interesses, e de que os regulamentos e governos, só podiam atrapalhar o desenvolvimento da sociedade, desagradavam simultaneamente à igreja e aos incontáveis monarcas despóticos da época. Mas, notamos que esta é de fato, a mesma conclusão a que chega Proudhon, a diferença é que Smith nunca ousou militar politicamente, sua obra prima “A Riqueza das Nações”, apesar de criticar abertamente as medidas tomadas por certos monarcas, evita prudentemente criticar os próprios monarcas. Já Proudhon é um homem da revolução francesa. Para ele, a questão política pode ser discutida abertamente. A propriedade questionada, o direito e mesmo a necessidade dos governantes era matéria em aberto. Essas questões, Smith não podia abordar, por razões óbvias. Suas críticas no entanto, sempre que possível, são dirigidas a todo tipo de privilégio injustificado. Notamos mesmo que Smith critica sem rodeios as desigualdades econômicas de seu tempo: “As leis das corporações (de oficio), porém, restringem menos a livre circulação do capital de um local para outro do que a do trabalho; é sempre muito mais fácil a um rico comerciante obter privilégio de comerciar numa cidade corporativizada do que a um pobre artífice trabalhar nela”.(2) Por outro lado, não podemos deixar de notar que, ao contrário dos seguidores de Smith, como David Ricardo, Proudhon é claramente sensível à sorte dos pobres. Ao contrário de Ricardo, que condena explicitamente qualquer intervenção a favor dos “perdedores”, os seguidores de Proudhon, principalmente Bakunin, propõe idéias claramente coletivistas. Não resta dúvida de que as propostas “mutualistas” e cooperativistas de Proudhon, são uma tentativa de resolver o dilema causado pelas conseqüências do individualismo e as aspirações de fraternidade humana vindas das páginas dos evangelhos. Daí para á frente, enquanto o liberalismo de Adam Smith é gradativamente apropriado pela burguesia, agora cada vez mais triunfante, o socialismo utópico e de fundo cristão, é apropriado pela elite intelectual também cada vez mais liberta das amarras do passado. As duas correntes assumem pontos de vista claros. Os liberais defendem a liberdade individual, mesmo que isso sacrifique qualquer princípio de igualdade. Os socialistas “científicos”, defendem a igualdade a qualquer custo, mesmo que a conseqüência seja a virtual eliminação da liberdade. Ao romper com Marx, os anarquistas acabam ficando numa posição intermediária. Proudhon ao advertir Marx para que “não nos tornemos chefes de uma nova intolerância, não nos apresentemos como apóstolos de uma nova religião, mesmo que seja a religião da lógica, a religião da razão”,(3) assume uma indiscutível superioridade moral. A partir daí, os anarquistas se sentem livres para criticar tanto os rumos do liberalismo econômico e as flagrantes injustiças daí decorrentes, como para denunciar o brutal autoritarismo presente no “socialismo real”. E o fazem sempre que podem. Em resposta, são cobrados pelo fato de não apresentarem nenhuma proposta concreta, seja para a superação do capitalismo, seja para a implantação de um socialismo libertário. Os anarquistas lembram que tanto liberais como socialistas criticavam o governo mas agora: “Todos contam com o governo: os liberais, ostensivamente, para preservarem a liberdade, mas na verdade para impedirem a igualdade; os socialistas, ostensivamente, para preservarem a igualdade, mas na verdade para impedirem a liberdade”.(4) Mas o que de fato os anarquistas querem? Segundo Nicolas Walter: “O traço essencial da sociedade que os anarquistas querem, é que ela será o que os seus membros dela quererão fazer. Não obstante, é possível dizer o que a maioria deles gostaria de ver numa sociedade livre, lembrando nós que não há linha oficial, como de modo idêntico não há meio de reconciliar os extremos: o individualismo e o comunismo”. (5) Em muitos casos os anarquistas se definem de forma solene: “Somos liberais, mas mais que isso; somos socialistas e mais que isso”.(6) É uma frase e tanto, mas como traduzi-la na prática. É notório que o liberalismo e sua filha dileta, a globalização neoliberal, apenas vem aumentando as desigualdades, gerando desemprego e miséria. O destino do socialismo autoritário dispensa comentários sobre seu retumbante fracasso. Seria essa a oportunidade histórica do anarquismo? Talvez, mas não se pode deixar de lado o problema de “reconciliar os extremos”. Para isso é necessário o enfrentamento corajoso do desafio da tecnologia. O socialismo autoritário, ao não conseguir supera-lo, fez com que as populações a ele submetidas, e que eram mantidas na igualdade da pobreza e do racionamento, se lembrassem súbita e desordenadamente da liberdade. O sistema capitalista global, ao se valer da tecnologia apenas para maximizar os lucros do capital, promove o desemprego crônico em escala planetária, pela substituição maciça de trabalhadores por robôs e computadores. Cedo ou tarde a contradição desse sistema irá se fazer presente, pois se o bom e velho proletariado pode ser substituído como fator de produção, não o pode enquanto consumidor. Nesse caso, o desafio real é colocar a tecnologia a serviço de todos os membros da comunidade global. Se a tecnologia puder libertar o homem do trabalho ao invés de exclui-lo do processo de produção e priva-lo de renda, a antes insolúvel questão, representada pelo binômio “igualdade-liberdade”, poderá ser resolvido. Aqui podemos voltar a afirmação de Adam Smith: “o desejo de alimento é limitado, em cada homem, pela estreita capacidade do estomago humano, mas o desejo de conforto, de ornamentos da casa, de roupas, de aparelhagem e de mobiliário parece não ter limite ou fronteira certa”. (7) Ora, os partidários do coletivismo, consideram o Estado prescindível porque o ser humano precisa comer, ter roupas para se vestir e se agasalhar, ter abrigo para morar, etc. Nisso todos os seres humanos são iguais, donde concluem que os desejos de “conforto e ornamento”, são desnecessários e anti-sociais. Os partidários do individualismo argumentam que é justamente no desejo de “conforto e ornamento” que o ser humano manifesta sua liberdade e sua individualidade. Por isso o Estado deve existir para garantir aos que podem, desfrutar de seu patrimônio e realizar seus desejos sem ser perturbados. Mas, ao contrário da época em que as teorias políticas convencionais foram formuladas, tanto a satisfação do “estomago” quanto à de “conforto e ornamentos”, dependiam de trabalho árduo e monótono de uma parcela imensa da humanidade. Portanto, a igualdade só podia existir caso as necessidades não passassem muito do simples alimento, ou a liberdade de desfrutar de conforto ficasse restrita a muito poucos. Se a tecnologia puder garantir os meios necessários para satisfazer as necessidades básicas, e ainda algumas supérfluas, do ser humano, a igualdade será uma realidade. Por outro lado, o tempo livre e a criatividade, poderão ser usados com toda a liberdade para as demais ambições, que como já indicava Smith “não parece ter limite ou fronteira certa”. E é muito bom que não tenha mesmo.

Notas:
(1) PROUDHON, Pierre-Joseph – Do Princípio Federativo – Ed. Imaginário – Pág. 21
(2) “Os Pensadores” – Abril cultural – Vol. XXVIII – Pág. 116
(3) Carta a K. Marx, 17 de Maio de 1846
(4) WALTER, Nicolas - Sobre o Anarquismo
(5) Idem.
(6) Idem.
(7) “Os Pensadores” – Abril cultural – Vol. XXVIII – Pág. 340
Email:: lauromonteclaro@uol.com.brURL:: http://lauromonteclaro.sites.uol.com.br

domingo, outubro 29, 2006

Lapso - Equipe Técnica



Lapso - curta metragem gravado em 2002


(Andreia Horta e Val Mataverni em cena - Lapso/2002)





EQUIPE TÉCNICA
Direção: Fátima Moura
Direção de Produção: Mario Matiello
Ass. de Direção: Letícia Oliveira
Ass. De Produção: Luciana Perecin
Roteiro: Ana Maria Buim
Dir. de Fotografia: Saulo Pena / Mario Augustus
Dir. de Arte: Fábio Santos
Cenografia: André Okuma
Figurino: Aline Voguel
Cabelo/Maquiagem: Bruno Eduardo e Fabio Santos
Prod. de Objetos: Fernanda BarcelloÁudio: Fábio ABS
Ass. de Som: Germano Moura
Continuista: André Okuma/Letícia Oliveira
Gaffer: Mario Augustus
Produtor de Platô: Geraldo Neres
Coord. de Produção: Carlos da Paz
Prep. de Ator: Ana Maria Buim
Produção Executiva: N.B.L. Filmes

ELENCO
Andreia Horta
Val Mataverni
Stefanne Ribeiro

Um pouco de história e dos porquês da Nova Boca do Lixo:

A Nova Boca do Lixo: História e Motivações

A Nova Boca do Lixo surgiu por volta de 2001 na região do Grande ABC Paulista, idealizada por um grupo de estudantes de cinema digital que buscavam romper com a estética colonizada predominante e pouco representativa do cinema nacional. Eles rejeitavam uma estética pequena-burguesa imposta pelo capitalismo selvagem que dominava o mercado audiovisual.

O período ficou caracterizado pela criação da ANCINE em 2002,  selando a dita “retomada do cinema nacional”, que começou de forma confusa e contraditória com o governo Collor em sua política neoliberal, ao fechar a EMBRAFILME em 1990 e criação da Lei Rouanet (1991), e também a Lei do Audiovisual (1993) na gestão Itamar Franco.

A política neoliberal do governo Fernando Collor de Mello, expressa pelo fechamento da Embrafilme e pela criação da Lei Rouanet, reflete uma visão econômica e cultural que buscava a redução do papel direto do Estado na economia e, ao mesmo tempo, criação de mecanismos para estimular o setor privado, inclusive na cultura.

Ao extinguir a Embrafilme em 1990 — que era a principal estatal responsável pela produção e distribuição do cinema nacional desde a década de 1960 — o governo Collor deu um recado claro de redução da intervenção estatal, alinhado a uma agenda neoliberal que defendia a desestatização, a abertura de mercado e o enxugamento da máquina pública. Essa decisão, sob o programa de privatizações e redução da presença do Estado na economia, provocou uma crise sem precedentes no cinema brasileiro, com praticamente o fim da produção audiovisual nacional e uma grande falta de financiamento público direto.

Entretanto, a política cultural não foi deixada de lado completamente. Pouco tempo depois, em 1991, surgiu a Lei Rouanet, sancionada por Collor, mas idealizada por Sérgio Paulo Rouanet e sua equipe, que passou a oferecer um modelo inovador de apoio à cultura baseado em incentivos fiscais. Esse modelo buscava abrir espaço para a participação do setor privado na cultura, estimulando que empresas e pessoas físicas investissem em projetos culturais em troca de benefícios fiscais, com o objetivo de substituir parcialmente o financiamento direto estatal.

Essa combinação revela a tentativa de um governo neoliberal de encontrar um equilíbrio entre retirar o Estado do financiamento direto para o setor cultural, mas ainda incentivar a cultura por meio de políticas públicas de estímulo à iniciativa privada. O modelo da Lei Rouanet representava uma política pública que apostava na mobilização do mercado para o desenvolvimento da cultura, em vez de um modelo estatal tradicional.

No entanto, essa transição não foi isenta de dificuldades e crises. A ausência do apoio estatal direto, especialmente no cinema, causou um vácuo e um período crítico para a produção cinematográfica brasileira, que só foi parcialmente superado com a "retomada" a partir do governo Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso, que aprimoraram mecanismos de incentivos e retomaram o fomento cultural institucionalizado.

Em suma, o governo Collor, ao fechar a Embrafilme, simboliza a retirada radical do Estado da produção cultural direta, enquanto a Lei Rouanet revelava o novo paradigma da política cultural neoliberal: o estímulo à iniciativa privada e o uso de incentivos fiscais para promover cultura, configurando uma política pública híbrida, que dependia da participação de mercado para sobreviver, mas que precisaria ser complementada para enfrentar as dificuldades da produção cultural nacional, que permitiram a captação de recursos por meio da renúncia fiscal, estimulando investimentos privados no cinema, mas que embora tenha aumentado a produção e o investimento, ficou restrita a grandes produções e não conseguiu atrair um público significativo.

Entre 2001 e 2004, período de criação do coletivo Nava Boca do Lixo, foi uma época de transição política no Brasil, com a saída de FHC e a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, marcando o início de um novo ciclo para o cinema nacional. Em 2001 a Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001 assinada por Fernando Henrique Cardoso, estabelece princípios gerais da Política Nacional do Cinema, criando a ANCINE, instituindo o PRODECINE e o Fundo FUNCINES, alterando a legislação sobre a contribuição para o desenvolvimento da indústria cinematográfica. O governo Lula deu continuidade e promoveu diversas regulamentações que incentivaram o cinema, como o aumento das cotas de exibição para filmes brasileiros pela ANCINE. Mas ainda assim nos questionavamos por que, apesar dessas iniciativas, a população ainda não frequentava os cinemas? O que faz com que as pessoas prefiram outras atividades ao acesso à cultura nacional, especialmente de sua própria identidade?

Essa situação reflete o monopólio cultural e ideológico exercido por interesses econômicos poderosos que impõem valores e cultura por meio do sistema capitalista. Esse sistema desvaloriza as raízes culturais brasileiras, promovendo o consumo passivo de padrões estrangeiros, o que contribui para a alienação cultural e o enfraquecimento da identidade nacional.

Na região do Grande ABC e especialmente em Santo André, onde há diversas atividades culturais, o público permanece pequeno e pouco diversificado. A pergunta segue: seria esse fenômeno reflexo de um desinteresse real ou de questões socioeconômicas, como a falta de recursos para transporte?

Frente a essas dúvidas, iniciou-se uma análise que abarca o contexto social contemporâneo, a estética audiovisual e a narrativa dos filmes brasileiros atuais, colocando em discussão os dois movimentos históricos mais relevantes: o Cinema Novo e o Cinema Marginal.

O Cinema Novo, geralmente situado entre 1955 (com "Rio 40 Graus", de Nelson Pereira dos Santos) e 1980 (marcado por filmes como "Bye Bye Brasil", de Carlos Diegues, e a obra final de Glauber Rocha), teve duração aproximada de 25 anos. Mais que datas exatas, é importante reconhecer que esses movimentos se prolongam e intercruzam com o tempo. Por exemplo, filmes como "Cidade de Deus" retomam a ideologia do Cinema Novo, mas não sua estética original.

O Cinema Marginal, ativo basicamente entre 1968 e 1973, refletiu as transformações socioculturais da época e buscou inovação narrativa e estética, apropriando-se da contracultura, do diálogo lúdico e do experimentalismo em contraposição à tradição do Cinema Novo. Enquanto o Cinema Novo começou a se contrapor à liberdade autoral em função da busca por ampliação do mercado, o Cinema Marginal radicalizou seu discurso, distanciando-se desse caminho.

Hoje, pode-se estabelecer uma analogia entre o Cinema Novo e o Partido dos Trabalhadores (PT) — um grupo que moralmente anuncia ideais, mas que na prática diverge dessas posturas — e o Cinema Marginal, simbolizado pelos anarquistas, que rejeitam compromissos e falhas éticas.

Nesse contexto, a Nova Boca do Lixo surge como um grupo que “limpa as farpas”, utilizando a tecnologia digital, uma estética globalizada e um discurso político-social que mistura poesia, romance e narrativa clássica.

Esse coletivo heterogêneo — formado por advogados, jornalistas, publicitários, médicos, sociólogos, pedagogos e psicólogos — iniciou sua trajetória com experimentações técnicas e práticas, produzindo curtas experimentais como 30 Anos em 3 Minutos, Bipolar, Contrastes, Persona, Labirinto, Cine-Tangará, Casarões, Lapso e Fugas.

O objetivo principal do grupo é discutir o comportamento humano na sociedade e a ação política, levantando questões para intervir no ambiente em que produzem. Inicialmente, focaram na viabilidade dos meios de produção e numa estética de fácil assimilação social, buscando espaços alternativos de exibição. Posteriormente, passaram a construir roteiros críticos da realidade social degradada e, por fim, dedicaram-se à divulgação e à definição de um público-alvo específico. O curta OMI - Outro Mundo Impossível, marca essa nova fase, recebendo os prêmios de melhor roteiro, melhor ideia original e melhor filme no Festival de São Caetano do Sul.

O grupo amadureceu, filtrando divergências para focar na essência ideológica. A discussão filosófica voltou a incidir sobre valores humanos, propondo um rompimento com a história e as teorias anteriores, valorizando a estética da imagem como principal elo de identificação com o público.

Define-se a Nova Boca do Lixo (NBL Filmes) como um coletivo em movimento de “cinema de guerrilha” pelo seu questionamento social contundente, tendo como objetivo transformar as relações humanas com o meio, com o próximo e com a própria região. Busca destruir conceitos reacionários e construir valores que refletem a realidade brasileira contemporânea, fundamentados na observação da ordem social, na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável.

Sua base ideológica combina tendências anarquistas e comunistas, que são libertadoras e, ao mesmo tempo, rigorosas em princípios. Uma diretriz fundamental é que os direitos e valores individuais devem prevalecer sobre as ordens sociais impostas. Por isso, seu trabalho no campo social se aproxima do papel investigativo e observador, despertando para a complexidade desses ambientes.

Palavras-chave que orientaram a NBL Filmes incluem: Cinema político, Copyleft, Libertação dos meios de comunicação de massa, Sustentabilidade, Meio ambiente, Coletivismo, Transformação dos valores individualistas, Nova Era, Nova Essência, Ação social direta, Apropriação de terras, Estetiké, Questionamento social, Provocação moral, e Nossa Éressência.

Esses elementos sinalizam o caráter único e renovador da Nova Boca do Lixo, que busca uma arte cinematográfica comprometida com a realidade e a transformação social.

sábado, março 04, 2006

Nova Boca do Lixo

Limpando Farpas

SACANAGEM OU NÃO A PROPOSTA É ESSA:

Inspirados pelo CINEMA NOVO e o CINEMA MARGINAL, limpar as farpas entre os movimentos do passado e buscar tratar de questões sociais complexas que causam a avacalhação social e a alienação humana de forma simples e cotidiana.
Buscar no humano a identificação e mobilização pela magia e pela simplicidade que o cinema pode criar, trazendo a tona as nossas referencias e construindo nossa utópica revolução.

CINEMA SOCIAL E POLÍTICO, DE AÇÃO DIRETA E ACIMA DE TUDO POÉTICO.

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